Você sabe o que é genealogia? Esta ciência é antiga, mas vem ganhando cada vez mais força com o crescente desejo ao reconhecimento de cidadanias europeias, principalmente.
Nesse artigo vamos explicar um pouco sobre o que é, de fato, a genealogia, e sobre alguns aspectos relacionados à ela, pra que você entenda mais sobre esse ramo tão interessante da história. Vamos lá?
Qual a origem da palavra genealogia?
Pra começar, precisamos entender de onde veio a genealogia, essa palavra tão antiga e significativa, pois a origem dos termos nos diz muito sobre seu propósito.
O termo genealogia tem origem grega, e é composto pelo radical "genea" - que significa origem, nascimento - e a boa e velha "logia" - que significa estudo, conhecimento - como vemos em tantos outros termos.
Assim, na origem, a palavra genealogia trata justamente da origem das pessoas. Interessante, não é mesmo?
O que estuda a genealogia?
A genealogia é uma disciplina auxiliar da história que estuda a origem das famílias, os sobrenomes, linhagens e migrações.
Nesse ramo, os genealogistas estudam muito sobre a história relacionada aos fluxos migratórios, sobre as guerras e o direito à cidadanias estrangeiras.
Ainda, para o bom desempenho das pesquisas, é preciso estratégia, um olhar abrangente e muito conhecimento de paleografia, que é o estudo da escrita antiga, pois decifrar os documentos manuscritos faz parte do trabalho diário na genealogia.
Qual o objetivo da genealogia?
Por meio desse estudo, o genealogista busca reconstruir a história familiar, traçando um mapa das ligações biológicas e de afinidade entre os indivíduos e gerações.
Para estes mapas, damos o nome de Árvores Genealógicas, nas quais ficam registradas todas as gerações alcançadas pelo genealogista em suas pesquisas.
Ainda, a pesquisa genealógica tem por objetivo o resgate da cultura e o conhecimento da história social, política e econômica da família.
O genealogista busca reconstituir a sequência ordenada de gerações de uma família, a fim de determinar a origem, a rede de parentescos e a evolução das linhagens pesquisadas.
Como o genealogista trabalha?
Para reconstruir a história, os genealogistas utilizam documentos fornecidos pela família, entrevistas orais com os membros, análise de livros de registro antigos, transcrições paleográficas, busca em bancos de dados digitais, entre outras fontes.
Trata-se de um trabalho amplo de investigação, no qual as fontes não são as mesmas em todos os casos. É preciso criatividade e muita pesquisa.
A genealogia e a história
Até o século XVII a genealogia era praticada apenas pelas elites, com o objetivo principal de legitimar o poder das famílias nobres. Isso porque nas monarquias o direito ao trono é passado hereditariamente, de modo que a identificação da ancestralidade se faz necessária para legitimar aquele que está no poder.
Contudo, após o século XVII, a genealogia passou a ser abordada de maneira mais científica, com o intuito de estudar de fato as ligações entre as pessoas.
Os desafios da genealogia
Um dos maiores desafios do genealogista é sem dúvidas a dificuldade de comprovar a veracidade das fontes. Isso porque a história oral é cheia de interpretações diferentes, fazendo com que não se possa confiar plenamente nos depoimentos colhidos, é preciso confirmá-los sempre!
Quando se trata de documentos, existem muitos erros, mudanças de nome, grafias alteradas, letras de muito difícil compreensão, entre outros desafios que o genealogista se depara frequentemente no desenrolar das pesquisas.
Ainda, muitas vezes é impossível confirmar se o parentesco é sanguíneo, ainda que exista o reconhecimento documental, já que eram muito comuns as adoções secretas, por exemplo.
Dessa forma, a genealogia é uma ciência que lida com a incerteza de modo geral, principalmente quando se trata de pesquisas muito antigas.
A genealogia e a cidadania europeia
Hoje vemos uma época de crescente na busca pela reconstrução genealógica familiar. Isso se dá, sem dúvidas, por conta do interesse no reconhecimento de cidadanias europeias, principalmente.
Muitos brasileiros são descendentes de europeus, uma vez que o Brasil é um país colonizado por vários países daquele continente. E depois de tantos anos, os descendentes desses colonizadores desejam as cidadanias de suas famílias de volta.
Esse movimento vem ampliando muito o campo de atuação dos genealogistas, que através das investigações genealógicas buscam reconstruir a trajetória dos imigrantes, possibilitando por vezes o reconhecimento da tão sonhada cidadania europeia.
A genealogia e o resgate cultural
Apesar de o reconhecimento da cidadania europeia ser hoje o objetivo principal daqueles que buscam a genealogia, já é expressivo também o número de pessoas que possuem um interesse principal na história familiar. Esse interesse bastante genuíno vem colaborar com a reconstrução da identidade das famílias, que muitas vezes foi se perdendo desde a chegada dos imigrantes no território brasileiro.
Vejam, muitos imigrantes vieram para essas terras por medo de perseguições ou outras violências. Assim, é comum e compreensível que não quisessem passar sua cultura adiante, mas sim se adaptarem à nova realidade para que eles e suas famílias permanecessem em segurança.
Nesse cenário, os descendentes desses imigrantes sentem muitas vezes que a sua cultura foi esquecida, porque de fato foi. E o trabalho da genealogia vem também para ajudar neste resgate cultural, trazendo, para além do direito à maior mobilidade decorrente do reconhecimento das cidadanias estrangeiras, a identidade familiar perdida.
E você, conhece a sua história?
O Guia Imigrante tem o propósito de te auxiliar nesse resgate, e quem sabe até te ajudar a descobrir o direito ao reconhecimento de uma cidadania que você não sabia que tinha!
Nesse caminho, o resgate que a genealogia propõe pode te trazer um novo senso de pertencimento e de identidade.
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E se ficou com alguma dúvida, deixa aqui nos comentários!
Até mais ;)
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